Por (Rogério Neto) • 3 min de leitura
"Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi encontrado." — Lucas 15:24
Sempre me impressionou a parábola do Filho Pródigo, mas foi apenas quando me vi diante dos meus próprios espelhos que percebi que aquela história não falava apenas de um jovem rebelde que desperdiçou a herança, mas de cada um de nós — falava de mim.
O Reflexo da Realidade
Os espelhos que a vida me apresentou foram, por vezes, cruéis. Eles refletiam minhas escolhas, minhas falhas e os becos sem saída em que eu mesmo havia me colocado. Houve momentos em que eu olhava para o meu reflexo e não via mais o "filho amado"; via apenas um rosto marcado pelo cansaço de buscar sentido em caminhos tortuosos.
O labirinto que construí com minhas decisões parecia não ter saída. Cada passo parecia me levar mais fundo, e cada volta me trazia de volta ao mesmo ponto: a sensação de estar perdido de mim mesmo.
O Labirinto Interior
Foi nesse cenário de exaustão que compreendi a verdadeira essência da parábola. O filho pródigo não apenas se afastou fisicamente da casa do pai; ele entrou em um labirinto interior.
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A Ilusão: No reflexo dos seus desejos, ele via liberdade; na realidade, encontrou correntes.
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O Vazio: No brilho da herança desperdiçada, ele buscava prazer; mas no silêncio da alma, só restava o vazio.
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A Distorção: Ele se tornou um prisioneiro de um corredor interminável de espelhos distorcidos, onde sua verdadeira identidade foi esquecida sob camadas de orgulho e dor.
💡 Para Refletir
Quantas vezes nos perdemos em nossos próprios labirintos? Às vezes, o "país distante" não é um lugar geográfico, mas um estado do coração onde tentamos ser felizes longe da nossa verdadeira essência e da presença do Pai.
🎯 O Desafio de Hoje
Hoje, pare de fugir do seu reflexo. Admita onde você se perdeu, mas lembre-se: o labirinto só tem poder enquanto você tenta resolvê-lo sozinho. Olhe para cima. Existe um Pai esperando que você dê o primeiro passo para fora desses espelhos, pronto para lhe devolver a identidade de filho.
Você já se sentiu em um labirinto emocional ou espiritual? Como foi o seu processo de "voltar para casa"? Deixe seu relato nos comentários.
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